→Um pedido de desculpas(?)←

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Menos.
Hoje está menos estranho que ontem,
isso é verdade.
Mas a dor
a saudade
a sensação de impotência e
insuficiência
está maior do que sempre.
É verdade que nem sempre
sei usar as palavras a meu favor
e que eu erro muito.
Erro tanto
mas TANTO
que tenho receio de dizer um olá
e errar nisso também,
mas eu aprendo a lidar com isso
e talvez você.
Sinto na minha pele a vontade
de te chamar
de te abraçar
de te beijar
e talvez expor o quanto te amo
secretamente
e talvez publicamente.
Mas sinto que não posso fazer isso,
não posso
não posso
não posso
pois você não faz parte do meu mundo.
Um lugar repleto de dor
feridas que não cicatrizam
e meras cicatrizes que finjo para mim mesma que não doem mais.
Mas doem,
ah!
como doem.
Cheio de palavras nojentas
alucinações na minha cabeça
e interrupções
falhas
limites
muitos gritos
e muitas lembranças.
Quero dizer-te para fugir
ir embora
pois não é seu lugar
não é sua vida
não é algo para você
mas ao mesmo tempo quero pedir-te
para ficar e enfrentar
meus medos
secretos
e estes, tão expostos
tão rasos
em comparação aos nunca vistos.
Vai doer.
talvez não para sempre
mas ainda por muito tempo
e seria mil vezes melhor
sentir essa dor ao seu lado
mas não quero te forçar a ver isto
nem te prender.
Se algum dia,
sejam por esses motivos
ou outros que também penso te incomodarem
querer ir embora
vá, se desejar.
Só que será uma dor a mais
um muro a mais
uma cicatriz a mais
um corte a mais
e muito,
mas muito sangue a mais
escorrendo por aí.
Não posso te pedir
para ficar e me abraçar
nem para não me machucar
ou me ajudar
pois você não tem a menor obrigação,
não é mesmo?
Mas eu te peço
para pensar
e para me perdoar
por não ter algo bom o suficiente
para te oferecer
e nem ser boa o suficiente
para o quão você merece.
Eu ainda estou aprendendo tudo:
a andar
a viver
a ser eu mesma
a amar-te
mas nem a aprender eu sei.
Coitada de mim
por eu não saber como agir
e nem saber como demonstrar meu amor
em relação a você.
Quem sabe uma hora eu aprenda,
paciência
paciência.

Para: você sabe que é para ti.

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Odeio me descrever, pois até isso é confuso para mim. Eu sou confusa, com meu copo de tristeza que nunca esvazia, e minha impulsividade. A confusão de palavras na minha mente, e o quão confuso é meu gosto musical e literário. Faço uma bagunça na minha casa, em uma vida e nos meus cadernos de anotações. Vivo em uma baderna de cores, auras, almas. Auto-descrição é muito confuso, mas não tem melhor maneira de me descrever usando a confusão. Sou misturada, uma desordem, um pandemônio e um distúrbio.
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